sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O instante santo e a atração de Deus


1. Assim como o ego quer limitar a tua percepção dos teus irmãos ao corpo, do mesmo modo o Espírito Santo quer liberar a tua visão e te deixar ver os Grandes Raios brilhantes que deles emanam de forma tão ilimitada que alcançam a Deus. É esse deslocamento para a visão que é realizado no instante santo. No entanto, é necessário que aprendas exatamente o que esse deslocamento acarreta de forma que venhas a estar disposto a fazer com que ele seja permanente. Dada essa disponibilidade, ele não te deixará, pois é permanente. Uma vez que o tiveres aceito como a única percepção que queres, ele é traduzido em conhecimento pela parte que o próprio Deus desempenha na Expiação, pois é o único passo nela que Ele compreende. Portanto, nisso não haverá demora assim que estiveres pronto. Deus está pronto agora, mas tu não estás.



2. Nossa tarefa não é senão a de continuar, tão rapidamente quanto possível, o processo necessário de olhar diretamente para toda interferência e vê-la tal como é. Pois é impossível reconhecer como totalmente sem gratificação aquilo que pensas que queres. O corpo é o símbolo do ego, assim como o ego é o símbolo da separação. E ambos não são mais do que tentativas de limitar a comunicação e assim fazer com que ela seja impossível. Pois a comunicação tem que ser ilimitada de modo a ter significado e, privada de significado, ela não te satisfará completamente. No entanto, continua sendo o único meio pelo qual podes estabelecer relacionamentos reais, que não têm limites, tendo sido estabelecidos por Deus.



3. No instante santo, onde os Grandes Raios substituem o corpo na consciência, o reconhecimento dos relacionamentos sem limites te é dado. Mas para ver isso, é necessário abrir mão de toda utilidade que o ego dá ao corpo e aceitar o fato de que o ego não tem nenhum propósito que queiras compartilhar com ele. Pois o ego quer limitar todas as pessoas a um corpo para os seus próprios propósitos e enquanto pensas que ele tem um propósito, escolherás usar os meios pelos quais ele tenta transformar o próprio propósito em realização. Isso nunca será realizado. No entanto, terás certamente reconhecido que o ego, cujas metas são totalmente inatingíveis, lutará por elas com todo o seu poder e fará isso com a força que tu lhe tens dado.



4. É impossível dividir a tua força entre Céu e inferno, Deus e o ego e liberar o teu poder para a criação, que é o único propósito para o qual ele te foi dado. O amor quer sempre dar mais. Limites são exigidos pelo ego e representam as suas exigências de tornar pequeno e sem efeito. Limita o que vês de um irmão ao corpo, o que farás enquanto não o liberares do corpo, e terás negado a sua dádiva a ti. O seu corpo não a pode dar. E não a busques através do teu. No entanto, as vossas mentes já são contínuas e a única coisa necessária é que a essa união seja aceita para que a solidão no Céu tenha desaparecido.



5. Se apenas permitisses ao Espírito Santo que Ele te falasse do Amor de Deus por ti e da necessidade que têm as tuas criações de estar contigo para sempre, experimentarias a atração do eterno. Ninguém pode ouvi-Lo falar sobre isso e continuar por muito tempo disposto a pairar por aqui. Pois é tua vontade estar no Céu, onde és completo e sereno, em relacionamentos tão seguros e amorosos que qualquer limite é impossível. Não queres trocar os teus pequenos relacionamentos por isso? Pois o corpo é pequeno e limitado e só aqueles que queres ver sem os limites que o ego lhes impõe são capazes de te oferecer a dádiva da liberdade.



6. Não podes conceber os limites que traçaste para a tua percepção e não tens nenhuma idéia de toda a beleza que poderias ver. Mas disso precisas lembrar: a atração da culpa se opõe à atração de Deus. A atração de Deus por ti permanece ilimitada, mas porque o teu poder, sendo Dele, é tão grande quanto o Dele, tu podes afastar-te do amor. Aquilo que investes na culpa, retiras de Deus. E a tua vista vem a ser fraca e tênue e limitada, pois tens tentado separar o Pai do Filho e limitar a comunicação entre eles. Não busques a Expiação em maior separação. E não limites a tua visão do Filho de Deus àquilo que interfere com a sua liberação e que o Espírito Santo tem que desfazer para libertá-lo. Pois a sua crença em limites, de fato, o aprisionou.



7. Quando o corpo deixa de atrair-te e quando não conferes nenhum valor a ele como meio de conseguires o que quer que seja, então não haverá interferência na comunicação e os teus pensamentos serão tão livres quanto os de Deus. À medida em que permites que o Espírito Santo te ensine como usar o corpo só para propósitos de comunicação e renuncias a usá-lo segundo os fins que o ego vê para ele, que são a separação e o ataque, aprenderás que não tens absolutamente nenhuma necessidade de um corpo. No instante santo, não há corpos e vivencias apenas a atração de Deus. Aceitando-a sem divisões, tu te unes a Ele totalmente em um instante, pois não queres colocar nenhum limite na tua união com Ele. A realidade deste relacionamento vem a ser a única verdade que jamais poderias querer. Toda a verdade está aqui.



Um Curso Em Milagres

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